Escoliose

A escoliose é um problema de coluna desafiador e que traz prejuízos funcionais e estéticos. A doença pode se desenvolver ainda na infância ou surgir em qualquer outro período da vida. Todavia, existem tratamentos conservadores e cirúrgicos que podem melhorar a qualidade de vida do paciente.

O diagnóstico da doença pode ser realizado por um ortopedista especialista em coluna e as recomendações para aliviar os sintomas vão variar de acordo com o tipo da enfermidade e a sua gravidade.

Mãos de médica examinando a coluna de um paciente com suspeita de escoliose - Site Dr. Márcio Penna - ortopedista especialista em coluna

O que é escoliose?

A escoliose se caracteriza principalmente por um desvio na coluna, podendo ser tanto para a direita, quanto para a esquerda, ficando, desta forma, em formato de “C” ou de “S”. Todavia, o que ocorre realmente é um desvio em todas as 3 dimensões.

O problema pode ser observado ao olhar para o paciente de costas, diferentemente dos casos de lordose e cifose, que são curvaturas que só podem ser notadas quando a pessoa está de lado (perfil).

Quais os tipos de escoliose?

A doença geralmente é classificada em não-estrutural (funcional), quando somente os músculos foram afetados, e estrutural, quando ocorre alteração na estrutura anatômica da vértebra e a torna uma curva fixa. As escolioses estruturadas podem ser classificadas de acordo com a sua causa:

  • Idiopática: não há causa conhecida. Corresponde a 80% dos casos segundo a OMS;
  • Congênita: está presente desde o nascimento e é associada a malformações;
  • Neuromuscular: é resultado de sequelas de doenças neurológicas, como a poliomielite e a paralisia cerebral;
  • Degenerativa do adulto: ocorre devido à degeneração das estruturas da coluna, principalmente com o avanço da idade;
  • Pós-traumática: ocorre após fratura da coluna, secundária à lesão das estruturas ósseas
  • Síndromes genéticas: como síndrome de Marfan; síndrome de Morquio; etc.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico ocorre após um exame físico minucioso, em que o médico cirurgião de coluna avalia o paciente de costas, de perfil e de frente. Também é necessário observar o raio-x da coluna, que pode fornecer informações mais precisas sobre o tipo e a gravidade do problema.

Em alguns casos o médico ainda pode solicitar uma tomografia computadorizada e uma ressonância magnética.

É possível corrigir a escoliose?

A escoliose pode ser totalmente corrigida em alguns casos. Mas, mesmo quando não é possível curar o problema, o paciente pode se beneficiar do tratamento, que terá o objetivo de evitar que a curvatura aumente e melhorar a postura  ao máximo.

O que acontece se o problema não for tratado?

Quando o problema não é tratado a curvatura da coluna pode aumentar cada vez mais, o que resulta em diversas complicações:

  • Problemas emocionais;
  • Comprometimento respiratório;
  • Comprometimento cardiovascular;
  • Danos neurológicos à medula (em casos mais graves);
  • Dor nas costas;

Tratamento clínico

Quando a curvatura da coluna é inferior a 45-50 graus o tratamento é conservador, o que inclui fisioterapia, alongamentos, exercícios de correção postural e uso de coletes ortopédicos para impedir a progressão do problema.

O paciente também pode se beneficiar do uso de analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares.

 

Tratamento cirúrgico

Quando a escoliose resulta em uma curvatura da coluna superior a 45-50 graus ou há comprometimento de órgãos vitais, a cirurgia pode ser indicada como tratamento. Assim, é possível evitar a piora do quadro e ainda alcançar algum grau de correção da coluna.

O cirurgião tem à sua disposição técnicas minimamente invasivas, como a OLIF, em que o acesso ao local é feito por um corte na parte entre o abdômen anterior e a lateral.

Também há a técnica conhecida como XLIF em que o tratamento ocorre por um pequeno corte lateral. 

Em ambas as técnicas o paciente é colocado de bruços para a inserção dos parafusos percutâneos, que ajudam a dar estabilidade à coluna. Essas técnicas minimamente invasivas são utilizadas para tratamento em alguns casos de escoliose do adulto/degenerativas.

O que pode piorar o quadro?

Os quadros podem agravar principalmente quando o paciente não segue o tratamento adequado.

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