A dor lombar também é chamada de lombalgia. Trata-se de um sintoma extremamente comum, que irá afetar a maioria das pessoas em algum momento da vida, pois essa é uma região de grande mobilidade que recebe cargas constantes.
Esse tipo de dor nas costas pode surgir e desaparecer em alguns dias sem causar maiores problemas. Entretanto, é importante investigar a causa, que geralmente está associada a uma má postura no dia a dia, mas que também pode se iniciar devido a alguma doença na coluna vertebral.
Neste texto, vamos explorar: principais causas do problema, seus tipos, sinais que tornam o sintoma mais preocupante e tratamentos disponíveis. Acompanhe!
Qual a localização da lombar?
A lombar é composta por 5 vértebras localizadas na porção final da coluna. A região fica entre o fim das costelas e o início da área dos glúteos.
O que pode causar dor na região lombar?
A dor na lombar pode surgir por uma série de motivos, que devem ser investigados para que o paciente receba um tratamento correto. As causas principais são:
Postura inadequada
Principalmente no ambiente de trabalho, é comum que as pessoas adotem uma postura que facilite a execução de sua atividade, mas que não é boa para a saúde da coluna. Um exemplo clássico é o funcionário que trabalha em um escritório e passa boa parte do tempo debruçado sobre o computador para observar a tela ou digitar.
Pessoas que precisam se abaixar com frequência para pegar objetos ou que levantam peso sem o cuidado adequado também correm o risco de sentir dor nas costas.
Até mesmo nos momentos de descanso, é preciso ter cuidado. Evite deitar-se no sofá com a coluna torta ou sentar-se em cadeiras que não oferecem o suporte ideal para a lombar. É importante que sua coluna fique ereta a maior parte do tempo.
Hérnia de disco
A hérnia de disco é caracterizada pelo deslocamento do disco entre as vértebras. Ele é composto por um anel fibroso com um líquido gelatinoso no interior e, quando as paredes desse disco se expandem ou se rompem, os nervos do canal vertebral são pressionados, causando dor.
Estenose lombar
É uma alteração na coluna que causa um estreitamento do canal vertebral por onde passam as terminações nervosas. Desse modo, os nervos são pressionados, gerando dor lombar e outros incômodos. O sintoma pode piorar em determinadas posições.
Espondilolistese
A espondilolistese um quadro em que uma vértebra escorrega sobre a outra, saindo de sua posição original. Essa situação causa um desalinhamento na coluna e faz com que o paciente desenvolva desvios em sua postura. O problema pode ficar assintomático por anos, mas, conforme evolui, acaba por atingir os nervos e causar dor.
Traumas
A lombar pode começar a doer após um acidente de carro, uma queda ou qualquer situação na qual a região seja submetida a uma força extrema e inesperada. Nesse caso, é fundamental investigar os danos imediatamente, que podem ser uma luxação ou até mesmo uma fratura.
Quais os tipos de dor lombar?
Podemos dividir a dor lombar em 3 tipos:
- Lombalgia inespecífica: é quando a dor não tem uma origem muito clara, pois não foi possível encontrar qualquer doença que explique o problema. Geralmente, ela está associada a uma postura inadequada e tende a desaparecer em pouco tempo se o paciente fizer pequenas alterações em suas atividades cotidianas;
- Lombociatalgia: nesse caso, a dor está relacionada ao nervo ciático e pode se estender da região lombar até o pé;
- Síndrome da cauda equina: é um problema grave em que várias raízes nervosas são comprimidas na parte final da coluna. Além da dor na coluna, surgem outros sintomas, como formigamento nos membros, dormência e até incontinência fecal e urinária.
Como saber se a lombar está inflamada?
Problemas na lombar podem se tornar mais graves se ela estiver inflamada; por isso, é importante estar atento a alguns sinais de inflamação, como:
- Dor aguda e persistente, não cedendo após alguns dias;
- Existência de outros sintomas associados, como febre;
- Dor que se estende para os membros inferiores;
- Rigidez e dificuldades para movimentar a região;
- Área com vermelhidão e inchaço.
Diagnóstico
O diagnóstico do problema é feito por um ortopedista especialista em coluna. O médico irá realizar um exame físico cuidadoso e o paciente deverá estar preparado para relatar os sintomas detalhadamente e apresentar o histórico da condição.
Se houver necessidade, o especialista irá solicitar exames de imagem, como raio-x, ressonância magnética e tomografia computadorizada.
O que fazer para aliviar a dor lombar?
Após descobrir o que está causando a dor lombar, o médico irá receitar o tratamento adequado. Existem diversas possibilidades, que irão variar conforme o tipo de problema e sua gravidade.
Tratamentos conservadores para dor lombar
Os tratamentos conservadores geralmente se iniciam com o uso de medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios, já que uma das preocupações iniciais é proporcionar alívio da dor.
Exercícios físicos e sessões de fisioterapia também são recomendados para melhorar a mobilidade da área e fortalecer a musculatura em torno da coluna, aumentando sua proteção.
O ortopedista e o fisioterapeuta também irão orientar o paciente sobre as correções posturais necessárias e adaptações no local de trabalho, como usar móveis ergonômicos e posicionar telas na altura dos olhos.
Infiltrações e bloqueios
As infiltrações e bloqueios na coluna são opções excelentes para tratar dores na coluna mais persistentes e proporcionam um alívio rápido e duradouro.
O procedimento consiste em usar agulhas para aplicar medicamentos diretamente no foco da dor. Para uma aplicação precisa, o médico especialista em coluna utiliza um aparelho de imagem que mostra a trajetória da agulha em tempo real.
Cirurgia minimamente invasiva para dor na lombar
Se os métodos anteriores não forem suficientes para curar a dor lombar e ela continuar a evoluir, é possível realizar uma intervenção cirúrgica para sanar a causa da dor.
Atualmente, muitas doenças na coluna podem ser tratadas de forma minimamente invasiva, o que significa que o médico-cirurgião de coluna faz apenas incisões pequenas, por onde são inseridos os equipamentos necessários para a intervenção. Assim, há menos sangramento, redução das chances de complicações e recuperação mais rápida. Até mesmo as cicatrizes resultantes do procedimento são mínimas.