Se você sente dor na lombar e não sabe o que fazer, veio ao lugar certo. Este tipo de dor é uma das principais reclamações nos consultórios de ortopedia e se manifesta na região inferior da coluna. Muitas vezes o sintoma não está associado a condições graves e desaparece depois de algum tempo.
Mas há casos em que a dor é persistente e irradia para outras áreas, como glúteos, pernas e joelhos, além de piorar diante de movimentos simples, como sentar ou levantar. Isso exige uma investigação mais profunda para definir as causas e ter acesso ao melhor tratamento.
Neste artigo, reunimos os principais fatores que levam às dores lombares e quais são os principais tratamentos conservadores e cirúrgicos. Acompanhe!
O que pode causar dor na região lombar?
Estima-se que a dor na lombar ou lombalgia irá afetar 84% da população ao longo da vida. Mas este problema tão comum não está associado a uma única causa. Na verdade, há diversas situações que podem desencadear o sintoma, e conhecer os principais é o primeiro passo para livrar-se da dor.
Dor na lombar por má postura: o que fazer?
Talvez você já tenha considerado a relação entre dor na lombar e má postura, mas o que fazer neste caso? A resposta começa com a correção dos hábitos que podem estar prejudicando a sua coluna.
Pois a má postura é uma das principais razões para as dores nessa região, já que a posição inadequada cria uma pressão extra no local. Por isso, pessoas que trabalham sentadas ou em uma posição repetitiva por muito tempo precisam se lembrar de corrigir a postura e fazer alongamentos frequentes.
Hérnia de disco
A hérnia de disco é mais comum na região lombar, por ser uma área da coluna vertebral com muita mobilidade. O problema é caracterizado pela expansão do tecido fibroso dos discos entre as vértebras. Isso faz com as terminações nervosas no canal vertebral comecem a ser pressionadas, provocando dor.
Em alguns casos o disco pode até se romper, o que piora o quadro, já que o líquido gelatinoso em seu interior escapa.
Esforços repetitivos
Esforços repetitivos são outra causa comum para a lombalgia. Isso ocorre com frequência em ambientes de trabalho. Um funcionário de um supermercado, por exemplo, que se abaixa frequentemente para pegar caixas pesadas, pode começar a sentir dores lombares.
Fratura na coluna
Após quedas ou impactos, a dor sentida na região lombar pode ser um indício de alguma fratura ou fissura em uma das vértebras da coluna. Neste caso, a busca por um médico de coluna se torna ainda mais urgente, pois o quadro pode piorar rapidamente, caso o paciente não receba os devidos cuidados.
Dor na lombar por causa da obesidade: o que fazer?
Quando a obesidade é um dos fatores que desencadeia a dor na lombar, a primeira dica sobre o que fazer é perder peso. Assim a pressão na região diminui e a pessoa ganha mais mobilidade para se alongar e fazer exercícios físicos que contribuam para o fortalecimento da região.
Quando a dor na lombar é preocupante?
A lombalgia é preocupante quando se inicia após um grande impacto na região, como em um acidente de carro. A dor também deve ser avaliada com atenção quando começa a interferir nas atividades diárias, prejudica a movimentação e até interfere no sono.
Em qualquer um desses casos, a recomendação é procurar um médico imediatamente.
O que fazer para aliviar a dor na lombar?
Após a consulta médica e identificação das causas, o profissional pode receitar alguns tratamentos que devem ser seguidos à risca para aliviar a dor lombar, como:
- Uso de medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares;
- Sessões de fisioterapia para melhorar a estabilidade das costas e fortalecer a musculatura da região;
- Atentar-se à postura no dia a dia e evitar comportamentos que possam criar pressão na coluna, como levantar muito peso, fazer movimentos bruscos e atividades físicas de alta intensidade;
- Acupuntura e hidroterapia são opções alternativas que contribuem para o alívio da dor.
Endoscopia da coluna
A endoscopia da coluna é um tratamento cirúrgico minimamente invasivo utilizado para tratar dor na lombar quando não há mais o que fazer, pois o paciente não melhorou com o tratamento conservador e há complicações neurológicas. De forma geral, menos de 5% dos pacientes que sofrem de dores nas costas precisam ser operados.
Nessa cirurgia o médico-cirurgião de coluna faz pequenas incisões na área a ser tratada e utiliza um endoscópio, que é um aparelho fino com uma câmera de alta resolução na ponta, para alcançar e visualizar o local exato do problema anatômico.
A câmera transmite imagens em tempo real para um monitor, permitindo que o profissional conduza o procedimento com segurança. Este tipo de intervenção é útil para tratar hérnia de disco e outros problemas neurológicos compressivos.
Durante o procedimento o paciente permanece anestesiado. É comum que receba alta com 4-5 horas após o procedimento e seja liberado para algumas atividades do dia a dia em alguns dias, variando conforme o problema tratado.
A cirurgia minimamente invasiva tem diversas vantagens:
- São necessárias lesões mínimas para alcançar a área a ser tratada, o que ajuda na preservação da musculatura da região;
- Há menos riscos de sangramentos e outras complicações;
- A recuperação é mais rápida e o paciente sente menos dor;
- Menos riscos de infecções no pós-operatório;
- A questão estética também é destacada como uma grande vantagem, pois as cicatrizes são mínimas, diferente do que ocorre em uma cirurgia aberta.
Dor na lombar: o que fazer para se preparar para a infiltração na coluna?
A infiltração para dor na coluna é outro procedimento de grande ajuda nos casos de dor na lombar. Mas o que fazer como preparativos para o procedimento? Essa intervenção pode parecer assustadora em um primeiro momento, mas é exigido apenas que a pessoa fique em jejum por 8 horas e avise ao médico caso faça uso de anticoagulantes.
Nele, o cirurgião de coluna injeta substâncias anestésicas com uma agulha na região da dor. Mas, de forma geral, o procedimento é bem tranquilo e dura de 20 a 30 minutos. O paciente recebe uma sedação no local e não é comum haver queixas de dores durante ou após o procedimento. E o alívio da lombalgia proporcionado por este método pode durar meses.