O médico de coluna é o profissional responsável por prevenir, diagnosticar e tratar diversas patologias que atingem a coluna vertebral. O ortopedista é um dos especialistas mais conhecidos desse grupo, trabalhando diretamente com doenças que atingem os ossos, músculos, nervos e articulações dessa região.
Segundo dados da OMS, 80% da população vai sofrer com algum problema na coluna em algum momento da vida, por isso, é importante saber qual profissional procurar e quais são as principais enfermidades que atingem a área.
Neste texto, apresentamos informações relevantes sobre a formação desse médico, sua atuação e os sintomas que indicam a necessidade de marcar uma consulta. Acompanhe!
O que faz um médico de coluna?
O médico de coluna tem várias atribuições no seu dia a dia, sendo que a principal delas é atender e tratar pacientes que se queixam de sintomas na coluna vertebral, como dor, formigamento, dificuldades de locomoção, inchaço e vermelhidão.
O profissional está apto para prescrever medicamentos e também realizar cirurgias. Além da atuação em hospitais e consultórios, um ortopedista especialista em coluna pode optar pela carreira acadêmica, desenvolvendo pesquisas e lecionando em cursos de graduação.
Qual é o médico especialista em coluna?
Há alguns profissionais especialistas em coluna. A indicação de qual especialista procurar irá depender do tipo de problema enfrentado pelo paciente. Além disso, caso o médico perceba que a patologia em questão não faz parte de sua alçada, ele está apto a indicar o profissional correto. Também há casos em que dois ou mais especialistas podem trabalhar em conjunto conforme a área atingida.
Em suma, os principais especialistas em coluna são:
- Ortopedista: é especializado no sistema musculoesquelético, podendo realizar cirurgias e tratar uma infinidade de problemas ósseos e articulares;
- Reumatologista: sua atuação é focada em doenças inflamatórias nas articulações e condições que levam ao desgaste ósseo;
- Neurocirurgião: é o profissional indicado para tratar problemas na coluna que tenham alguma relação com o sistema nervoso central.
Qual a formação de um médico de coluna?
A formação de um médico de coluna especializado em ortopedia começa com a graduação em medicina com 6 anos de duração. Em seguida, é realizada a residência médica em ortopedia e traumatologia com duração de 3 anos.
O passo seguinte é um treinamento de 2 anos com foco clínico e cirúrgico. Por fim, o profissional deve publicar um artigo na área e conseguir aprovação em testes teóricos e práticos da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC).
Estou com dor nas costas, qual médico procurar?
A dor nas costas é um dos primeiros sinais de problemas na coluna e não deve ser ignorada. Muitas patologias têm origem ortopédica, então você deve procurar por um ortopedista especialista em coluna.
Quando procurar um médico de coluna?
O paciente deve consultar-se com um médico de coluna quando sente dor ou outros incômodos na região. Mesmo que os sintomas sejam leves, a busca por ajuda profissional não deve ser adiada, já que assim há mais chances de que o tratamento seja rápido e eficiente.
Além disso, há algumas situações que merecem mais atenção, exigindo que a consulta com o especialista ocorra imediatamente:
- A dor nas costas surgiu após uma forte pancada, como em um acidente automobilístico;
- A dor já dura semanas e não apresenta sinais de melhora;
- Os sintomas estão comprometendo a mobilidade;
- O paciente está sentindo formigamento ou dormência nos membros;
- A dor vem acompanhada de outros sintomas, como febre e mal-estar;
- Quando surgem deformidades visíveis na coluna;
- Quando a pessoa já tem histórico de problemas na região;
- Se há histórico familiar de tumor na coluna.
Quais as principais doenças tratadas por esse profissional?
O especialista em coluna está apto para tratar uma série de doenças. As abordagens incluem medicamentos, repouso e fisioterapia. Mas em casos mais graves pode ser necessário recorrer a uma cirurgia.
Hérnia de disco
É uma das enfermidades mais comuns a atingir a coluna vertebral. Ela é caracterizada por um deslocamento do disco entre as vértebras, que funciona como um amortecedor. Isso faz com que ele pressione terminações nervosas e provoque dor.
Nos casos mais graves, o tecido fibroso que envolve o disco se rompe, fazendo com que o líquido gelatinoso em seu interior escape para o canal vertebral.
Escoliose
A escoliose é um tipo de curvatura anormal da coluna para a esquerda ou direita, fazendo com que ela fique no formato de C ou S. Os ombros do paciente ficam desalinhados e quando o grau da curva se torna muito elevado, a coluna pode começar a pressionar órgãos internos, comprometendo até mesmo a respiração.
Muitas vezes o problema não causa dor na coluna e as principais queixas são de ordem estética. Mas é preciso realizar um tratamento adequado para frear sua evolução. Uma opção é a cirurgia de artrodese, pela qual o médico de coluna funde duas ou mais vértebras na posição correta.
Hipercifose
A curvatura normal da coluna na região do tórax é chamada de cifose. Entretanto, há casos em que ela se torna muito acentuada, provocando problemas estéticos e também dor. Assim, temos uma situação de hipercifose, que pode ser corrigida por um médico-cirurgião de coluna.
Quando a cifose é maleável, o tratamento pode ser feito com fisioterapia, correção postural e uso de coletes. Entretanto, nos casos rígidos ou com curvas muito acentuadas, a cirurgia é uma das melhores opções.
Hiperlordose
A hiperlordose surge quando a curva da coluna na região lombar se torna muito acentuada, fazendo com que a barriga se projete para a frente. O problema causa dor lombar e afeta a autoestima do paciente.
Espondilolistese
Nesse caso as vértebras ficam desalinhadas, provocando maior pressão no disco e nas terminações nervosas. O paciente começa a sofrer com dor, formigamento e dificuldades de movimento.
Câncer também pode ser tratado por um médico de coluna
A coluna vertebral pode ser atingida por alguns tipos de câncer, em que há um crescimento anormal das células da região. O problema pode se restringir às vértebras ou se espalhar para outras áreas. Para ter um melhor prognóstico, é importante o diagnóstico precoce e o tratamento adequado com um médico de coluna.
